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Caro Leitor (a),
Na prática da feitiçaria, nada é colocado ao acaso. Cada elemento que compõe um feitiço carrega uma vibração única, um sopro de vida ancestral que atua em harmonia com as intenções do praticante. Dentre esses elementos, as plantas e ervas ocupam um lugar sagrado e fundamental. Elas são, por excelência, o elo entre os mundos – o visível e o invisível – e nos oferecem suas forças vivas como pontes entre a Terra e o Espírito.
As ervas não são apenas ingredientes naturais; elas são entidades vivas com histórias, memórias e poderes específicos. Cada folha, flor, raiz ou semente vibra com uma frequência própria, capaz de ativar portais energéticos, limpar campos áuricos, atrair prosperidade, estimular o amor, intensificar a intuição ou romper obstáculos espirituais.
O Domínio sobre o Uso das Ervas: Um Ato de Poder e Responsabilidade
Muitos iniciantes acreditam que basta misturar algumas ervas para que a mágica aconteça. Mas a verdade é que o uso das plantas exige mais do que intuição – exige conhecimento, respeito e domínio. Saber quando colher, como secar, preparar, ativar e aplicar cada erva é um saber ancestral que atravessa gerações de bruxas, curandeiras, herbalistas e feiticeiras. Manipular sem saber pode ser inofensivo, mas também pode ser ineficaz ou, pior, contraproducente.
Conhecer a natureza da planta é entender sua personalidade espiritual. Algumas são solares e expansivas, como o alecrim, que eleva a vibração e protege; outras são lunares e introspectivas, como a lavanda, que acalma e induz estados meditativos. Cada planta tem seu tempo, sua força, seu segredo.
Regência Planetária: O Céu Que Habita as Ervas
Um dos pontos mais ignorados por muitos praticantes – mas absolutamente essencial – é a regência planetária das ervas. Os planetas influenciam diretamente o comportamento energético das plantas, assim como influenciam nossas vidas.
Por exemplo:
Ervas regidas pelo Sol (como o girassol, o louro e o alecrim) são indicadas para feitiços de vitalidade, sucesso, poder pessoal e brilho.
Ervas da Lua (como a camomila, o jasmim e a lavanda) trazem conexão espiritual, intuição, sonhos e proteção emocional.
Ervas de Vênus (como a rosa, o hibisco e o manjericão) são poderosíssimas para atrair amor, beleza, prazer e harmonia.
Ervas de Marte (como a pimenta, o cravo e a arruda) carregam força, coragem, quebra de demandas e proteção intensa.
Ervas de Mercúrio (como a erva-doce, a hortelã e o anis) favorecem a comunicação, estudos, negócios e viagens.
Ervas de Júpiter (como o dente-de-leão e o sálvia) são expansivas, ligadas à sorte, à justiça, à fartura e à espiritualidade superior.
Ervas de Saturno (como a mirra e o cipreste) trazem estrutura, introspecção, banimento e limpezas profundas.
Ao alinhar a regência planetária da erva com o propósito do feitiço, o resultado torna-se muito mais preciso e potente. É como usar a maré a seu favor: você não precisa nadar contra a corrente, mas sim se mover com o fluxo cósmico.
Conclusão: Honre a Sabedoria Verde
Trabalhar com plantas é trabalhar com espíritos vegetais que possuem sabedoria milenar. Ao conhecê-las profundamente, criamos uma aliança mágica e espiritual com o reino vegetal, e essa conexão transforma não apenas nossos feitiços, mas nossa própria jornada espiritual.
Portanto, se você deseja que sua prática seja eficaz, verdadeira e profundamente transformadora, comece por estudar as ervas, respeitá-las e entender a linguagem silenciosa que elas falam. Dominar o uso das plantas e sua regência é dominar a arte da feitiçaria com maestria, propósito e consciência.
Com Carinho,
Bruxa Adriana
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